Sugestão de Leitura

quinta-feira, 7 de abril de 2011

QUEM É O CATEQUISTA?

O Catequista é antes de tudo alguém que escuta e atende o chamado de Deus (Mt, 9, 37-38). Ele é um mestre em doutrina religiosa, que enviado por Deus, vai despertar e cultivar a fé dos catequizados (catecúmenos).
O Catequista é alguém de muita vocação (Ef, 4,1. 2Ts, 1,11).

Virtudes do Catequista:
• Catequista é um mestre de oração (catecismo da IC. 2663).
• O Catequista é um mediador, que facilita a comunicação entre Deus e o Homem (diretório geral para catequese pág. 162, cap. 156).
• O Catequista é um intérprete da igreja junto aos catequizados (catequese renovada 26, pág 56).
• O Catequista é alguém que catequiza em nome de Deus e da comunidade profética. Em comunhão com os pastores da igreja (catequese renovada 26, pág 56 nº 146).
• O Catequista é testemunha ativa do evangelho em nome da igreja (diretório geral para catequese pág. 165)

MISSÃO DO CATEQUISTA
A missão primordial da igreja é anunciar a Deus e testemunhá-la diante do mundo (diretório geral para catequese pág. 25 nº 23)
Anunciar o reino de Deus como o próprio Jesus o fez sendo enviado (diretório geral para catequese pág. 37 nº 34)
Transmitir aos catequizandos a viva experiência que ele tem dos evangelhos (diretório geral para catequese pág. 65 nº 66)
Conservar fielmente o evangelho a todos aqueles que decidiram seguir Jesus (diretório geral para catequese pág. 76 nº 78)
O Catequista dedica-se de modo específico ao serviço da palavra tornando-se porta-voz da experiência cristã de toda a comunidade (catequese renovada 26 pág. 55 nº 145)

A CATEQUESE É UM MINISTÉRIO, PORTANTO UM SERVIÇO
A Catequese é uma prioridade em toda a Igreja, “A Catequese é uma urgência. Só posso admirar os pastores zelosos que em suas Igrejas procuram responder concretamente a essa urgência, fazendo da catequese uma prioridade” (João Paulo II, encontro com os Bispos em Fortaleza 10/07/1980). 

A Igreja precisa de catequistas, porém, catequistas conscientes com a missão de:
CATEQUIZAR, ENSINAR E EVANGELIZAR.

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM CATEQUISTA
Espiritualidade profunda – rezar e testemunhar o cristianismo, não perder nunca a intimidade com Deus.
Integração na comunidade – Participar ativamente de toda a vida da Igreja. O catequista deve exercer o ministério de forma continuada e permanente.
Senso crítico – ler, estudar, e analisar coerentemente os fatos da Igreja do mundo. A alienação é um mal que jamais deve tomar o catequista.
Animação – saber ouvir e dialogar, buscar não mostrar dúvidas e insegurança, animar de tal forma o encontro de catequese, que leve o catequizando a um conhecimento gostoso da doutrina da Igreja.
Qualidade humanas – didática, psicológicas, equilíbrio, carinho.
Formação doutrinária – buscar conhecer a doutrina católica, estudar sobre seus diversos aspectos, através de leituras, cursos etc.
Ser catequista não é ser professor. Aulas são dadas na escola. Os encontros de catequese têm a preocupação de anunciar Jesus e levar o catequizando a uma aproximação maior com a Igreja.
Por ser considerado pelas crianças como modelo, o catequista deve dar testemunho daquilo que prega, de viver o que anuncia.
O essencial a um bom catequista é o AMOR, daí emana:
- Compreensão
- Carinho
- Dedicação
- Atenção
- Preparação
- Serviço



CATEQUISTA MESTRE EM ORAÇÃO
“O exemplo de Cristo orante: o Senhor Jesus, que passou pela terra fazendo o bem e anunciando a palavra, dedicou, sob o impulso do espírito santo, muitas horas a oração. O cristão, movido pelo espírito santo, há de fazer da oração motivo de sua vida diária e de seu trabalho. A Igreja que ora em seus membros une-se à oração de Cristo” (puebla 932).
Por isso durante toda a sua vida o catequista deve ser uma referência em oração, e o grande incentivador de seus catequizandos. O catequista tem esse dever de levar o catequizando a compreender a necessidade desse encontro pessoal com Deus na oração, quem não tem um contato diário com Deus na oração, não é capaz de compreender a própria missão que está no coração do pai, a oração nos leva à ação.

A oração deve ser:
Simples – porque Deus é simples, e se manifesta na simplicidade.
Sincera – nós devemos ver Deus como um amigo.
Cheia de amor – Deus é amor, daí é preciso estarmos também com a disposição para amar.



O CATEQUISTA E A EUCARISTIA
A celebração eucarística, centro da sacramentalidade da Igreja e presença mais plena de Cristo no meio da comunidade, é o centro e o ponto culminante de toda vida sacramental. (puebla 923)
A eucaristia está no centro da liturgia, e em redor dela todos os outros sacramentos, por isso o catequista tem que ser espelho de uma fidelidade constante ao corpo e sangue do senhor.

ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O CATEQUISTA
Ao iniciarmos uma caminhada catequética é necessário ter um momento para maior entrosamento entre os catequistas da comunidade. Para isso é necessário um encontro semanal para preparação dos encontros, partilha de idéias e experiências de trabalho. Também um encontro mensal, para se fazer uma avaliação das atividades desenvolvidas no referido mês, seguida de um momento de espiritualidade.

COMO FAZER UM ENCONTRO COM OS CATEQUIZANDOS
 Ao prepararmos o Encontro de catequese, devemos nos preocupar com o catequizando: sua vida, suas expectativas.

QUANTO AO LOCAL DO ENCONTRO
• Deverá está em ordem, limpo e agradável. Os catequistas podem convidar os catequizandos para ajudar na arrumação.
• Utilizar cartazes, figuras sobre o tema em questão, enfeitar o ambiente para despertar nos catequizandos interesse pelo tema.
• A Bíblia deve ocupar lugar de destaque no local do encontro. Usar flores, toalhas e velas sempre que possível.
• Os catequizandos deverão sentar-se em círculo, para que todos possam ver a todos. Essa é uma maneira de discerni sobre sala de aula e sala de encontro de catequese.

QUANTO AO ACOLHIMENTO
• Para acolher bem os catequizandos o catequista deverá chegar um tempo antes do horário de inicio do encontro para receber a todos com igual atenção, sem demonstrar preferências.
• Ter um momento de diálogo com os catequizandos, questionando-os sobre o que fizeram durante a semana, como estão se sentindo, o que desejam receber na catequese. Não deve ser um relatório mais sim uma conversa espontânea.
• O ponto de vista do catequizando deve ser respeitado, e sua opinião ser ouvida com bastante atenção.
• O catequista deve dizer sempre a verdade. Se não souber responder a alguma pergunta, deverá se comprometer em procurar a resposta e trazer no próximo encontro.
• Não chamar a atenção dos catequizandos na frente de outras pessoas.
• Se o catequizando tiver algum problema, o catequista deve procurar ser amigo dele para ajudá-lo a superar suas dificuldades.
• Criar dinâmicas de acolhimento e no decorrer do encontro.

QUANTO À LINGUAGEM
• A linguagem deve ser clara, coerente e simples:
• Nunca falar em tom infantil, mas naturalmente, com firmeza e simplicidade;
• Ter atenção com determinadas palavras que costumamos usar: Catequese não é um curso, nem escola. Em vez de “aula” falar “encontro”. Não fazer “provas” nem dar “notas” nem castigos. Que o relacionamento não seja de “professor” e “aluno”.
• Essas coisas existem na escola, mas não na catequese, que é o encontro do catequizando com Jesus Cristo e com a comunidade.

QUANTO A ORGANIZAÇÃO
• O Catequista deve utilizar uma pasta com materiais para anotar os dados principais do catequizando: Idade, endereço, escolaridade etc.
• Anotar também a freqüência nos encontros.
• Fazer uma ficha individual de participação para assim acompanhar o catequizando.


Fontes Bibliográficas consultadas: Catecismo da Igreja Católica 1993, Diretório geral para a catequese 1998, Catequese renovada nº 26 da CNBB 1983 e Preparação para catequistas (Gabriel Chalita) 2000 e Livro do Catequista Fé vida e Comunidade Editora Paulus 13ª Edição 1994


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